O envelhecimento chega para todos nós. E o órgão humano que apresenta os sinais visíveis do amadurecimento é a pele. Rugas, manchas e cabelos brancos não escondem a nossa idade. Mas é fundamental saber que a pele fica mais suscetível a doenças conforme envelhecemos. Por isso os cuidados com a pele do idoso merecem atenção redobrada.
Você sabia que a pele é o maior órgão do corpo e representa 15% do nosso peso? Ela é a capa protetora dos nossos órgãos e, portanto, servem como uma barreira contra a invasão de microorganismos nocivos à nossa saúde.
Sendo assim, veja as principais funções da pele:
- protege contra agentes causadores de doenças;
- produz Vitamina D ao ser exposta aos raios solares;
- mantém a temperatura corporal graças à transpiração;
- é um órgão sensorial que emite alertas de frio e calor ao nosso cérebro, evitando assim ferimentos.
Além de tudo isso, a pele também está ligada à autoestima, pois nos sentimos constrangidos quando estamos com mau cheiro ou pruridos.
À medida em que envelhecemos a estrutura modifica sua aparência e constituição. A anatomia do órgão é constituída por:
- epiderme: camada externa da pele, aquilo que se pode ver;
- derme: está abaixo da epiderme, é constituída por vasos sanguíneos e terminações nervosas;
- hipoderme: sustenta a epiderme e a derme, sendo constituída de células de gordura.
Nesse sentido, os cuidados que devemos tomar estão concentrados na epiderme. Mas é exatamente na derme que estão as alterações mais significativas do envelhecimento, como a perda da elasticidade.
Veja, portanto, a seguir algumas dicas que separamos para você ficar por dentro dos principais cuidados geriátricos com a pele.
Tomar sol na medida certa
Como você viu aqui, a exposição da pele ao sol proporciona a produção de Vitamina D que é essencial para os ossos e o fortalecimento das defesas do organismo.
Existe uma certa polêmica entre os dermatologistas, pois a maior produção da vitamina D ocorre sob o sol do meio-dia. Entretanto, os raios solares intensos neste horário também podem causar câncer.
E esta é a maior preocupação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que reforça que a exposição ao sol deve ser evitada das 10h às 15h.
Para todos os horários do dia, diante da exposição aos raios solares, o mais indicado é o protetor com FPS 30. Peles mais claras devem usar protetores com índices mais elevados. Por isso é importante conversar com o médico que acompanha o idoso para obter a melhor orientação.
Hidratar-se adequadamente
Para garantir o bom funcionamento dos órgãos, o idoso precisa tomar água de hora em hora. O ideal é consumir 35 ml de água por quilo de peso, o que dá em média 2 litros de água.
Portanto, o consumo regular de água pura evita o ressecamento da pele, rachaduras nos calcanhares e até a secura dos lábios.
Nesse sentido, a pele também pede hidratação no envelhecimento.
Por isso o uso de cremes hidratantes sem fragrância, com emolientes e umectantes, deve fazer parte da rotina de cuidados diários.
O ideal é utilizar uma pequena porção de creme hidratante nas partes mais ressecadas, como cotovelos e joelhos, bem como no restante do corpo.
Isso pode ser feito, principalmente, após o banho, já que os poros da epiderme estão abertos e facilitam a penetração do produto.
Evitar micoses nas unhas
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), as micoses são a terceira queixa mais comum entre os idosos que procuram atendimento dermatológico.
Elas estão presentes nas unhas, no vão dos dedos e superficialmente na pele. As micoses são causadas por fungos e outros microorganismos presentes no chão, na areia, na grama do jardim ou até mesmo nos instrumentos usados pelas manicures e pedicures.
Segundo os dermatologistas, há três condições ideais para o surgimento de micoses nos pés:
- umidade;
- calor;
- falta de luz.
O uso constante de sapatos fechados, a falta de higienização e o acondicionamento incorreto dos calçados ajuda a aumentar a doença. Ela é tratada com medicamentos orais, pomadas e cremes. Por isso é essencial procurar seu médico.
Mas vão aí algumas dicas para evitar as micoses e as incômodas frieiras:
- usar mais calçados abertos;
- passar bastante sabonete entre os dedos;
- não compartilhar lixas e alicates em salão de beleza;
- não remover as cutículas, pois elas formam barreiras protetoras;
- lavar os sapatos com frequência;
- evitar andar descalço;
- secar bem os pés e os vãos dos dedos com toalha macia ou secador.
Entre os idosos, especialmente os que têm diabetes tipo 2, os cuidados com os pés são essenciais. Rachaduras, devido ao ressecamento da pele, ou ferimentos em geral podem levar a consequências mais graves.
Veja as principais doenças e redobre os cuidados com a pele do idoso
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lançou uma cartilha com dicas e orientações sobre os cuidados com a pele no envelhecimento.
No informativo, os dermatologistas abordam as principais doenças de pele entre os idosos e alertam sobre os cuidados.
No total existem mais de 3 mil tipos diferentes de enfermidades cutâneas. Porém as mais comuns relatadas nos consultórios dermatológicos são os tumores (benignos e malignos), as micoses, o ressecamento, as manchas, as alergias e as psoríases (descamação).
Outro problema muito comum após os 60 anos é a queratose. Ela causa manchas com pequenas crostas ásperas no tecido cutâneo.
Embora não provoque coceira, as manchas são um problema estético, que podem incomodar os idosos.
Segundo a SBD, a queratose tem sido a doença de pele mais comum no envelhecimento. Por surgir especialmente no rosto e nas partes mais aparentes da pele, principalmente em pessoas de pele clara, se torna um motivo para queda na autoestima e também merece cuidado para evitar algum sintoma depressivo.
Idosos acamados
De maneira geral, as doenças de pele merecem atenção dos cuidadores. Isso porque a estrutura protege as pessoas idosas contra microorganismos e, como a pele deles é muito fina, qualquer arranhão ou batida pode lesionar.
Por isso, em se tratando de idosos acamados, o zelo com a cútis deve ser redobrado. Você já deve ter ouvido falar das escaras, que são ferimentos que acometem as pessoas que permanecem muito tempo na mesma posição.
Devido a esse risco é muito importante manter uma rotina de cuidados, como mudar o idoso acamado de posição a cada duas horas. Essa mudança, no entanto, deve ser feita com a técnica necessária para evitar que o indivíduo sinta mal-estar.
Em resumo, os cuidados com a pele do idoso devem ser tomados com o intuito de evitar a ocorrência de novas doenças através de pequenas feridas, da ação dos raios solares e das escamações e coceiras que trazem tanto incômodo.
Nesse sentido, a Cora Residencial Sênior possui uma equipe multiprofissional que preza pelo cuidado integral do residente.
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