Quais são os riscos da obesidade em idosos?

Quais são os riscos da obesidade em idosos?

A obesidade em idosos é um fator de risco para muitas outras doenças. Por isso, é muito importante que a pessoa idosa tenha acompanhamento médico e nutricional para não ganhar peso. Afinal, o peso ideal não é simplesmente um padrão estético, mas sim uma questão de saúde.

Quando somos jovens, o metabolismo é mais acelerado. Basta fazermos um regime de poucos dias que já perdemos peso. A regra é a mesma para exercícios físicos. Com um período curto de treinos já conseguimos ficar mais magros.

No entanto, o nosso corpo se modifica quando ficamos mais velhos. Isso é facilmente percebido pelo acúmulo de gordura abdominal.

Homens e mulheres ganham uma gordurinha indesejada na barriga e não conseguem se livrar dela sem exercícios ou uma dieta especial.

É por isso que com o passar dos anos ficamos mais pesados e com mais gordura no corpo. Se temos uma vida sedentária, então, essa curva fica ascendente: cada ano que passa ganhamos uns quilinhos a mais.

Viver o envelhecimento com sobrepeso ou obesidade não é muito fácil. Isso porque o excesso de peso está muito associado a doenças como diabetes, hipertensão, artrose e muitas outras. Além disso, também impacta na autoestima e na interação social.

Assim, se você quer ficar informado dos riscos da obesidade na maturidade leia o restante deste artigo e saiba as melhores formas de prevenção e tratamento.

Como calcular o IMC?

A ferramenta mais popular para sabermos se estamos obesos ou desnutridos é o IMC, que é o Índice de Massa Corporal. É muito simples: divida o peso pela altura ao quadrado:

IMC = peso / altura x altura

Uma pessoa com 65 quilos e altura de 1,70m tem, portanto, IMC de 22,4.

Por fim, veja na tabela abaixo se o índice está bom ou não.

  • menos de 18,5 – abaixo do peso;
  • de 18,5 a 24,9 – normal;
  • entre 25 e 29,9 – sobrepeso;
  • acima de 30 – obesidade.

Mas nem sempre o IMC reflete a realidade. Isso porque o músculo pesa mais que a gordura. Portanto é sempre bom consultar um especialista antes de tirar conclusões erradas.

E, por falar nisso, é sempre importante lembrar que a pessoa com mais de 60 anos deve ter uma alimentação equilibrada e não fazer regimes por conta própria para não ter deficiência de nutrientes.

Mas será que os idosos são mais propensos à obesidade? Vejamos a seguir.

A obesidade é mais comum entre as pessoas idosas?

A resposta é sim. A Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2018 mostrou que 19,8% dos brasileiros acima de 18 anos têm obesidade. Mas essa taxa sobe para 24,6% em pessoas entre 55 e 64 anos de idade.

Por mais que não ganhemos peso acima dos 60 anos, nosso corpo tende a acumular gordura porque perdemos massa muscular com o passar dos anos. Sendo assim, a massa magra se transforma em massa gorda.

Embora a gordura fique concentrada, principalmente, na região da barriga, ela também é encontrada nos músculos e órgãos.

Doenças associadas

Portanto, o excesso de gordura expõe o indivíduo a doenças como:

  • diabetes;
  • hipertensão;
  • colesterol alto;
  • problemas cardiovasculares;
  • pedras na vesícula;
  • depressão;
  • artrose.

Dependendo do grau da obesidade, o idoso pode ter restrição na prática de exercícios físicos, no mercado de trabalho e na vida social em geral.

Idosos podem fazer cirurgia bariátrica?

A cirurgia bariátrica, tecnicamente chamada de gastroplastia, também é conhecida como cirurgia de redução do estômago, sendo indicada para pessoas com IMC muito alto. Assim sendo, pessoas com mais de 60 anos podem fazer a cirurgia.

Uma sondagem do Hospital das Clínicas de São Paulo, por exemplo, revelou que 13,5% das pessoas que esperavam por uma cirurgia bariátrica tinham mais de 60 anos de idade e acumulavam, aproximadamente, três comorbidades.

Lembrando que o indivíduo passa por uma bateria de exames para o médico saber se ele tem condições clínicas de ir para a sala de cirurgia e poder apresentar uma boa recuperação.

O que se sabe, no entanto, é que a gastroplastia é mais indicada para pessoas com menos de 65 anos, visto que após essa idade a imunidade é mais baixa e, por consequência, a recuperação é mais lenta.

Nesse sentido, seja idoso ou não, o paciente deve ter IMC igual ou maior que 40 para poder fazer a cirurgia. Entretanto, se o paciente tiver índice a partir de 35 também é liberado para o procedimento, desde que tenha alguma comorbidade, como pressão alta, diabetes ou apneia.

Como prevenir a obesidade em idosos?

Como você viu até aqui a obesidade é uma doença silenciosa que atinge quase 20% dos brasileiros e acomete, principalmente, idosos, pois traz consequências à saúde.

Mas é bom estar ciente de que é possível prevenir já a partir do sobrepeso ou então tratar a obesidade de modo que ela não venha a causar problemas.

Contudo, é fundamental procurar um profissional de saúde para saber qual é a melhor opção de tratamento para a pessoa idosa, visto que existem remédios e dietas especiais que podem ser adotados.

Entretanto, como todos sabemos, é importante controlar a alimentação e praticar alguma atividade física. Nesse sentido, é crucial adotar um novo estilo na alimentação, com o consumo regrado de pequenas quantidades de alimentos que contenham carboidratos, proteínas, fibras, vitaminas e sais minerais.

Já em relação à queima de calorias, há opções como caminhada, hidroginástica, bicicleta e até corrida. Mas nunca é demais lembrar que o exercício deve ser supervisionado por um profissional, seja de dentro de uma academia ou por meio de um educador físico.

Para concluir, a obesidade em idosos é um fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças que podem ser fatais, como hipertensão e insuficiência cardíaca. Portanto, ela deve ser prevenida ou tratada enquanto há tempo.

A manutenção do peso do idoso é uma das preocupações da Cora Residencial Senior.

Somos uma instituição de longa permanência para pessoas acima de 60 anos com cinco unidades em São Paulo. Todas elas têm equipes multiprofissionais com nutricionistas e geriatras para acompanhar o residente, além, é claro de incentivar a atividade física.

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