Outubro Rosa e a Terceira Idade: desvendando o mito e fortalecendo a prevenção do câncer de mama

O Outubro Rosa é um farol que, a cada ano, ilumina a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. É um movimento global que nos lembra de que a informação é nossa maior aliada na luta contra a doença. 

Contudo, existe uma faixa etária que, embora esteja no grupo de maior risco, é frequentemente negligenciada ou mal informada: a terceira idade. Muitas vezes, a ideia equivocada de que o risco de câncer de mama diminui após a menopausa ou com o avanço da idade leva à redução da vigilância. 

No entanto, a verdade estatística aponta para o oposto: a idade é, de fato, o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, e com a longevidade crescente da população, é necessário que redobremos a atenção e o cuidado com as nossas idosas.

É por isso que no artigo de hoje vamos nos dedicar a desmistificar essa crença perigosa, focado nos pilares essenciais da prevenção do câncer de mama na terceira idade: a importância do autoexame, a irrefutável necessidade da mamografia e a adoção de hábitos de vida saudáveis que atuam como verdadeiros escudos protetores.

Por que a atenção deve ser redobrada na terceira idade? 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e dados internacionais, a maioria dos casos é diagnosticada em mulheres após os 50 anos, com o risco aumentando progressivamente com o envelhecimento.

Inclusive, nos últimos levantamentos feitos, o maior percentual de mortes está na população entre 50 e 69 anos e por isso, a atenção precisa ser contínua, mesmo após os 70 anos.

Por isso é fundamental que idosos e seus familiares compreendam que os fatores de risco hormonais (como a menopausa tardia) e os fatores ambientais (como obesidade e sedentarismo) continuam a influenciar a saúde mamária mesmo na maturidade. 

Manter a rotina de exames é a forma mais eficaz de garantir o diagnóstico precoce, aumentando drasticamente as chances de cura. Por isso, a vigilância contínua é vital, pois a doença em idosas, se diagnosticada tardiamente, pode levar a tratamentos mais agressivos ou, pior, limitar as opções terapêuticas.

E diferente do que se ouve por aí, o rastreamento (mamografia) não deve parar após uma certa idade, como 70 ou 75 anos, mesmo que a recomendação de rastreamento de rotina do Ministério da Saúde no Brasil se concentre na faixa de 50 a 69 anos.

Recentemente, entidades médicas como a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) defendem a continuidade do exame anualmente para mulheres com mais de 70 anos, desde que tenham uma expectativa de vida superior a sete anos e boas condições de saúde geral.

Autoexame e mamografia: afiliados na detecção precoce

A detecção precoce é o segredo para o sucesso no tratamento do câncer de mama. Ela se apoia em duas ferramentas indispensáveis que, juntas, oferecem a melhor proteção.

O poder de conhecer o próprio corpo

O termo “autoexame” evoluiu. Atualmente, a orientação é a autopalpação e o autoconhecimento da mama de forma espontânea, sem a necessidade de uma técnica específica ou periodicidade rígida, como se preconizava no passado. A mulher deve observar e apalpar suas mamas sempre que se sentir confortável, seja durante o banho, na troca de roupa ou em outro momento.

O que procurar (e o que a idosa, ou seu cuidador, deve estar atento):

  1. Nódulos: sentir um caroço novo, duro e irregular, que não some após alguns dias.
  2. Alterações na pele: inchaço, vermelhidão, calor ou a aparência de “casca de laranja” na pele da mama.
  3. Mamilo: retração (o mamilo “puxado” para dentro), descamação ou secreção sanguinolenta ou transparente.
  4. Assimetria: mudança repentina no tamanho ou formato de uma das mamas.
  5. Axilas: o surgimento de gânglios ou inchaços na região das axilas e pescoço.

O autoexame é um complemento crucial, pois permite que a idosa (ou sua rede de apoio) identifique alterações entre as mamografias, mas nunca deve ser um substituto para o rastreamento profissional! 

O exame que salva vidas! 

A mamografia é o exame de rastreamento mais eficaz, capaz de detectar lesões não palpáveis (microcalcificações e nódulos minúsculos) anos antes de se tornarem clinicamente perceptíveis.

Mas algo comum é o receio do desconforto do exame. Por isso é vital desmistificar essa dor: a compressão é rápida e necessária para obter imagens nítidas. O breve desconforto é infinitamente menor do que as consequências de um diagnóstico tardio.

Para a população de 50 a 69 anos, o exame bienal (a cada dois anos) é a regra em saúde pública. Contudo, muitas sociedades médicas recomendam o exame anual a partir dos 40 anos e, crucialmente para este público, que a mulher idosa com boa saúde e expectativa de vida continue o rastreamento, geralmente anualmente, sob orientação médica.

A decisão de parar a mamografia deve ser sempre individualizada e discutida com o médico, considerando o histórico de saúde da paciente.

Para além da detecção: manter hábitos de vida saudáveis é a chave! 

A prevenção do câncer de mama não se resume a exames, ela começa no prato e no movimento. Fatores de risco modificáveis – aqueles sobre os quais temos controle – são especialmente importantes na terceira idade.

A dieta como aliada

Após a menopausa, a gordura corporal passa a ser uma das principais fontes de produção de estrogênio, um hormônio que, em excesso, pode estimular o crescimento de tumores. Portanto, a manutenção de um peso saudável é um fator preventivo poderosíssimo.

  • Foco na dieta: a alimentação deve ser rica em frutas, vegetais, grãos integrais e fibras, que ajudam a controlar o peso e fornecem antioxidantes (substâncias que combatem o dano celular).
  • Redução do álcool: o consumo de bebidas alcoólicas, mesmo em pequena quantidade, está diretamente ligado ao aumento do risco de câncer de mama e deve ser minimizado.
  • Hidratação: beber bastante água é essencial para a saúde geral do corpo.

Mover-se para prevenir

O sedentarismo é outro fator de risco modificável de grande impacto. A atividade física, mesmo de baixo impacto, ajuda a controlar o peso, melhora o sistema imunológico e reduz os níveis de hormônios pró-inflamatórios.

Caminhadas diárias, hidroginástica, aulas de alongamento, yoga ou pilates: não importa qual, o importante é o movimento constante, adaptado às limitações de cada uma.

Além disso, pequenas quantidades de atividade física regular são melhores do que nada. Buscar a orientação de um educador físico ou fisioterapeuta garante a segurança e a eficácia dos exercícios.

O papel do apoio social e familiar

O enfrentamento da prevenção na terceira idade raramente é um ato solitário. O apoio social e familiar é crucial. São os filhos, netos, cuidadores e as comunidades que ajudam a lembrar a idosa dos agendamentos, oferecem transporte para as clínicas e, principalmente, dão suporte emocional em caso de um diagnóstico suspeito ou confirmado.

Em um ambiente de comunidade, como um residencial, o monitoramento e o suporte se tornam parte do cuidado diário, facilitando a adesão aos protocolos preventivos. 

É por isso que, aqui no Cora Residencial Senior, a celebração do Outubro Rosa é apenas um lembrete do nosso compromisso diário com a saúde e o bem-estar de nossas residentes! 

Afinal, entendemos que a prevenção do câncer de mama na terceira idade é uma missão que exige dedicação e uma estrutura de suporte constante. Por isso, nossa equipe multidisciplinar de saúde está sempre atenta a essa questão, integrando o cuidado preventivo à rotina de nossas moradoras de forma proativa.

  • Monitoramento ativo: auxiliamos na organização dos prontuários e lembramos os residentes e seus familiares sobre a periodicidade de exames importantes, como a mamografia, garantindo que o rastreamento não seja esquecido.
  • Incentivo ao movimento: oferecemos aulas regulares de exercícios de baixo impacto (como hidroginástica e alongamento adaptado), cruciais para a manutenção do peso e o fortalecimento do sistema imunológico.
  • Cuidado nutricional: nossa equipe de nutrição garante refeições balanceadas, ricas em antioxidantes e fibras, essenciais para uma dieta anti-inflamatória que auxilia na prevenção.
  • Apoio logístico: facilitamos o transporte e o acompanhamento para consultas médicas e exames, removendo barreiras que muitas vezes impedem as idosas de realizar seus check-ups.
  • Conscientização: promovemos palestras e rodas de conversa sobre a saúde da mulher, mantendo o tema do autoconhecimento e da prevenção sempre em pauta.

Mais do que uma moradia, o Cora Residencial Senior é um centro de cuidado integral onde a saúde de cada morador é tratada como prioridade máxima, garantindo que a maturidade seja vivida com tranquilidade, segurança e muito bem-estar! 

E sim, o câncer de mama na terceira idade é um desafio real, mas não é uma sentença. A verdade que o Outubro Rosa nos reforça é que o conhecimento é poder, e a ação é o caminho.

Ao desmistificar a ideia de que o risco diminui com a idade, abraçando os pilares da detecção precoce (mamografia) e dos hábitos saudáveis (alimentação e exercícios), oferecemos às mulheres maduras a melhor chance de viver uma vida plena e saudável.

Por isso, abrace a prevenção hoje! Marque o próximo exame, converse com sua médica. E lembre-se: a melhor forma de celebrar a vida é cuidando dela! E se você ou sua família buscam um ambiente que prioriza o cuidado contínuo e a saúde preventiva, conheça a estrutura de suporte oferecida pelo Cora Residencial Senior.

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