De acordo com projeções das Nações Unidas (Fundo de Populações), em 2050, pela primeira vez, haverá mais idosos que crianças menores de 15 anos! Sim, a população 60+ está em um crescimento crescente.
Mas, afinal de contas, por que envelhecemos? A realidade é que a resposta para essa pergunta é muito complexa. Afinal, este é um processo complexo influenciado por diversos fatores.
A boa notícia é que, assim como a idade populacional avança, a ciência também segue num ritmo crescente: o avanço da tecnologia revela as complexidades do envelhecimento humano, e em paralelo, estimulam a pesquisa de medicamentos para retardá-lo ou mesmo revertê-lo.
E neste artigo a gente te conta um pouco mais sobre.
Qual é o conceito de envelhecimento?
De maneira geral, o envelhecimento é um processo biológico natural e universal, caracterizado por alterações graduais e cumulativas que ocorrem em todos os organismos vivos ao longo do tempo.
Essas mudanças são influenciadas por uma complexa interação de fatores genéticos e ambientais, e afetam diversos sistemas do corpo, incluindo o celular, tecidual e orgânico.
A nível celular, o envelhecimento está associado ao acúmulo de danos ao DNA, à diminuição da capacidade de reparo celular e ao encurtamento dos telômeros, estruturas que protegem as extremidades dos cromossomos.
Fisiologicamente, o envelhecimento se manifesta através da perda de massa muscular, redução da força e da flexibilidade, declínio das funções sensoriais e cognitivas, e aumento da suscetibilidade a doenças crônicas.
No entanto, é importante ressaltar que o envelhecimento não é uma doença, mas sim um processo natural.
As principais teorias do envelhecimento
É claro que, ao longo dos anos, diversas teorias surgiram para explicar como o corpo humano envelhece e quais os fatores que influenciam esse processo. E as principais são:
- Teoria dos Telômeros: os “relógios biológicos” das células
Imagine os telômeros como as pontas plásticas dos cadarços dos seus sapatos. A cada vez que a célula se divide, esses “cadarços” ficam um pouco mais curtos.
Essa teoria sugere que, quando os telômeros encurtam demais, a célula perde sua capacidade de se dividir e entra em um estado de senescência, contribuindo para o envelhecimento dos tecidos e órgãos.
Mas por que eles encurtam? Vários fatores podem influenciar esse processo, como o estilo de vida, a genética e a exposição a fatores ambientais.
- Teoria dos Radicais Livres: os vilões da juventude
Os radicais livres são moléculas altamente reativas que danificam as células do corpo.
Essa teoria postula que, ao longo do tempo, o acúmulo de danos causados pelos radicais livres contribui para o envelhecimento e o desenvolvimento de diversas doenças relacionadas à idade, como o câncer e as doenças cardiovasculares.
Inclusive, você já deve ter visto por aí muitas propagandas de produtos cosméticos que prometem combater essas moléculas famosas. Vez ou outra essa pauta sempre surge no mercado da beleza, principalmente quando o assunto é envelhecimento precoce.
Mas, como os radicais livres danificam as células? Eles podem oxidar o DNA, as proteínas e os lipídios, comprometendo o funcionamento celular e acelerando o processo de envelhecimento.
- Teoria Genética: a herança da longevidade
A genética desempenha um papel fundamental no processo de envelhecimento.
Estudos mostram que alguns genes estão associados a uma maior longevidade, enquanto outros podem aumentar o risco de desenvolver doenças relacionadas à idade.
Os genes codificam as proteínas que controlam diversos processos celulares, incluindo o reparo do DNA, a resposta ao estresse e a inflamação. Variações genéticas podem afetar a eficiência desses processos e, consequentemente, a taxa de envelhecimento.
A realidade é que, as teorias do envelhecimento são complexas e interligadas, e como já abordamos anteriormente, o envelhecimento é um processo multifatorial, influenciado por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e estilo de vida. Não dá para escolher apenas uma para seguir.
E, embora ainda haja muito a ser descoberto, conhecê-las é fundamental para o desenvolvimento de novas estratégias para promover o envelhecimento saudável e aumentar a expectativa de vida.
O que faz a pessoa envelhecer mais rápido?
Apesar das principais teorias trabalharem essa questão a nível celular, onde o envelhecimento vai acontecer conforme o tempo passe, existem alguns fatores que a ciência já mapeou – que inclusive afetam as células – que são responsáveis por acelerar esse processo.
São eles: o estilo de vida, o ambiente e as doenças diversas.
- Estilo de vida: os hábitos que aceleram o relógio biológico
Quando falamos desse assunto, tocamos em dois principais pontos: a alimentação e a prática de exercícios físicos.
Alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares e gorduras trans, desencadeiam processos inflamatórios no organismo, acelerando o envelhecimento celular.
A ingestão excessiva de carne vermelha também está associada a um maior risco de doenças crônicas e envelhecimento precoce.
Por outro lado, uma dieta rica em frutas, legumes, verduras, grãos integrais e oleaginosas proporciona os nutrientes necessários para a saúde celular e a reparação dos tecidos.
Já a prática regular de atividade física, não apenas previne doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade, como também promove a saúde mental e melhora a qualidade do sono.
Afinal, durante o exercício, liberamos endorfina, um hormônio que atua como analgésico natural e proporciona uma sensação de bem-estar.
Além disso, a atividade física estimula a produção de hormônios do crescimento, que desempenham um papel fundamental na reparação tecidual e na manutenção da massa muscular.
O sedentarismo, por sua vez, está associado a uma série de problemas de saúde, incluindo a perda de massa muscular, a redução da densidade óssea e o aumento do risco de doenças crônicas.
Sem contar que, a falta de atividade física também pode levar ao acúmulo de gordura visceral, que está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares e diabetes.
- Ambiente: fatores externos que agridem o organismo
A exposição crônica à poluição do ar, causada por veículos automotores, indústrias e queimadas, pode levar ao desenvolvimento de doenças respiratórias, cardiovasculares e até mesmo câncer.
As partículas finas presentes são capazes de penetrar profundamente nos pulmões e causar inflamação e danos às células. Além disso, a poluição pode acelerar o envelhecimento da pele e aumentar o risco de rugas e manchas.
Inclusive, há estudos demonstrando que ela também pode afetar o sistema nervoso central, aumentando o risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson.
Outro fator ambiental importante, principalmente quando o assunto é envelhecimento precoce da pele, é a radiação ultravioleta (UV) presente na luz solar.
A exposição excessiva aos raios UV pode levar ao aparecimento de rugas, manchas, queimaduras solares e, em casos mais graves, ao desenvolvimento de câncer de pele.
Por isso, além de proteger a pele com protetor solar, é importante usar roupas que cubram o corpo e evitar se expor ao sol nas horas de maior intensidade.
- Doenças: as principais inimigas da longevidade
Doenças crônicas, como a diabetes, a hipertensão e as doenças cardiovasculares, aceleram o processo de envelhecimento e aumentam o risco de mortalidade. Elas causam danos aos vasos sanguíneos, ao coração e a outros órgãos, levando a uma série de complicações, como insuficiência renal, cegueira e amputações.
Portanto, o controle rigoroso dos fatores de risco, como a pressão arterial, o colesterol e o açúcar no sangue, é fundamental para prevenir e retardar a progressão dessas doenças.
Além disso, as doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson, também influenciam na aceleração do envelhecimento.
Porém, a causa exata dessas doenças ainda não é completamente conhecida, mas fatores como a idade, a genética e o estilo de vida podem aumentar o risco de desenvolvimento.
A busca pela imortalidade: o que a ciência já descobriu?
Apesar de ser um processo natural da vida, e que inclusive acontece desde o momento em que nascemos, diariamente procuramos uma forma de nos aproximar cada vez mais da juventude.
Afinal, conforme envelhecemos, atividades que antes eram tidas como comuns, ficam mais difíceis de serem realizadas, a imagem no espelho já começa a nos impactar e, por mais que estejamos cientes de que este processo vai acontecer, buscamos meios de nos manter cada vez mais jovens.
E claro: a ciência sabe disso! Não à toa, todos os dias cresce o número de pesquisas em torno desse tema.
Mas, para além do que ela já provou (e que abordamos anteriormente), pesquisas recentes sobre o envelhecimento traz luz para novas questões, tais quais: terapias genéticas, medicamentos anti-envelhecimento e transplante de células-tronco.
- Terapias Genéticas
As terapias genéticas representam uma das fronteiras mais promissoras da medicina regenerativa e antienvelhecimento. Ao modificar o genoma, os cientistas buscam corrigir mutações genéticas associadas a doenças relacionadas à idade, como Alzheimer e Parkinson.
Uma das técnicas mais revolucionárias é o CRISPR-Cas9, uma espécie de “tesoura molecular” que permite editar genes com precisão. Embora ainda em fase experimental, estudos em modelos animais demonstraram resultados promissores, com reversão de sinais de envelhecimento em diversos tecidos.
No entanto, a aplicação clínica dessas terapias ainda enfrenta desafios éticos e técnicos, como a possibilidade de efeitos colaterais não intencionais e a questão da segurança a longo prazo.
- Medicamentos Anti-Envelhecimento
Diversas classes de medicamentos estão sendo investigadas, como os senolíticos (que eliminam células senescentes), os miméticos de restrição calórica (que mimetizam os efeitos da restrição calórica sem a necessidade de reduzir a ingestão de alimentos) e os moduladores da via mTOR (uma via de sinalização celular envolvida no crescimento e na proliferação celular).
Estudos em modelos animais demonstraram que alguns desses medicamentos podem aumentar a longevidade e melhorar a saúde. No entanto, os resultados em humanos ainda são preliminares sendo necessárias mais pesquisas para avaliar a segurança e a eficácia desses compostos.
- Transplante de Células-Tronco
As células-tronco possuem a capacidade de se diferenciar em diversos tipos celulares, o que as torna promissoras para o tratamento de diversas doenças, incluindo aquelas relacionadas ao envelhecimento.
Logo, o transplante de células-tronco pode ser utilizado para regenerar tecidos danificados, como o coração, o pulmão e o cérebro, e para modular a resposta imune. Estudos em modelos animais e em humanos demonstraram que pode melhorar a função de órgãos danificados e reduzir a inflamação.
No entanto, a aplicação clínica do transplante de células-tronco ainda enfrenta desafios, como a dificuldade de obter um número suficiente de células-tronco, a possibilidade de rejeição imune e a necessidade de desenvolver estratégias para direcionar as células-tronco para os tecidos alvo.
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